segunda-feira, 22 de novembro de 2010

PEÇA DE NATAL - E SEU NOME SERÁ JESUS


E SEU NOME SERÁ JESUS


A história se passa na véspera de Natal.
Peça conta a história de um jovem casal nordestino que espera um filho e no último mês, de gravidez resolvem ir para a capital para dar uma vida melhor para o filho, mas no meio do caminho a criança nasce e daí a nossa história.
Persoonagens:
MARIA
JOSÉ
FRANCISCA
ANJO
José e Maria entram em cena, Maria na garupa de uma bicicleta empurrada por Jose.
É véspera de Natal e já é tarde e os dois estão cansados.
M- Aff Zé, to Cuma dô arretada na bunda… num guento mais essa garupa… não ta chegando não?
J – Êta muié, guenta aí, tamo chegando numa cidade cidadizinha, olha ali a praça.... Belém de Jesus... parece ser um bom lugar....
M – e eu lá quero saber se é bom, eu quero é uma rede pra deita, que minha bunda ta duendo e essa barriga ta pesando que só......
J – bom, vamo vê, ali tem uma casinha, será que tem gente? Ô de casa? Ô de casa?
(a mulher grita de dentro da casa)
F – quem ta aí?
J – boa noite moça..... meu nome é José....
(Francisca aparece na porta com cara de desconfiada)
F – o que que oce qué?
J – nada demais minha senhora, é que eu e minha muié estamos viajando a dias e ela ta buchuda, precisando de um lugar pra descansar.... será que a senhora não tem um pedacinho da sua casa vazio pra nóis discansá um poco?
F – não tenho não.....
M – minha sinhora, qualquer lugarzinho serve, pelo amor de Deus.....
F – já falei que num tem.....o único lugar vazio aqui é o estábulo, porque com essa seca os bicho morreram tudo....
M – estábulo?
J – tudo bem sinhora, se a sinhora deixar a gente pode ficar lá mesmo......
(Maria faz cara de quem não gostou mas se conforma)
F – intão pode i... fica logo ali.....
Os dois vão para o estábulo.... o lugar está vazio... só tem palha espalhada por todo o lugar.
José junta um monte de palha e deita Maria em cima delas....
Maria dorme.... José está sentado do lado de Maria, quase dormindo quando Maria começa a gritar....
M – ai, ai, ai, ai, ai......
J – o que foi muié.....
M – ta duendo, ta duendo....
J – onde?
M – aqui na barriga.... acho que o muleque qué saí.......
J – ai meu Deus... agora?! Aqui?! Ah, não.... e agora o que eu faço?
M – ai ai ai , sei lá, se vira...... vai chamar alguém.....
J – tá bom, fica aí que eu já volto......
M – não, eu vou dar uma volta também... claro que eu vo fica aqui né omi.... vai logo.... aiaiaiaia
José ta saindo quando Maria grita....
M – ai, ai , ai, ai,   não, volta aqui Zé.....
J – mas não é pra eu chamar alguém?
M – não, eu não quero ficar sozinha......
J – mas o que eu faço....?
M – não sei, mas não se atreva a sair daqui, senão quando tu volta não vai acha nem eu nem o moleque......
J – ta bom ta bom, mas então para de gritar....
M – ah é, então porque você não vem aqui no meu lugar e sente o que eu to sentindo... quero vê você não gritar....
J – ta bom ta bom... mas tenta ficar calma....
M - eu to calma Zé, eu to calma.... você ainda não me viu nervosa......
J – nem quero.....
M – ai, ai, ai, ai,.... o dor desgraçada....... eu nunca mais vo te um filho..... ai, ai, ai, ai, ai
J – calma muié. calma... nem deve due tanto assim, senão minha mãe não tinha tido 13.....
M – cala a boca Zé.... ai, ai, ai, ai, ai,......
J – desculpa muie´..... o que que vc qué que eu faço?
M – segura minha mão......
José pega na mão de Maria....
Ela aperta a mão dele...
J – Ai, ai, ai, ai, ai,.... credo im cruz... agora quem não qué mais te filho sô eu.... pricisa quebra minha mão?
M – ta duendo.......... ai, ai, ai, ai, ai,
J – ta... perai que eu vo vê como ta o negocio......
José abre as pernas de Maria..... olha lá dentro e coloca o rosto pra fora com uma cara feia.....
J – credo... que orrô...... Ta tudo bem viu amo.... Eu acho.....
M – ta duendo.... ai ai ai ai ai
J – bom, é.... deixa eu vê.... é eu me lembro que quando a minha mãe foi te o meu irmão mais novo, o washinto, a mulhé falava pra ela faze força.... então vamo lá....
J – vai amo.... força, força.....
M – ai, ai, ai, ai.... sê ta doido?   Se sem faze força já dói, imagina se eu fize.....
J – mas muié, se tu não fize força o muleque não sai......
M – mas se é pra sentir essa dor toda, eu prefiro que ele fique aqui....
J – anda logo muié.... é rápido... é só fazer força que ele sai....
M – ta bom...... ahrrrrrrrrrrr........
J – vai, mais um pouco.....
M – rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr
J – mais um poco
M – rrrrrrrrrrrrrrrrrrrr
J – to vendo a cabeça...... mais um poco.....
M – sai logo muleque.......rrrrrrrrrrrrrrrrrrrr
J – vai, falta só mais um poco
M – rrrrrrrrrrrrrrrrrrrr
J – nasceu nasceu..... (e vai ficando desanimado) nasceu......
Maria desmaiou de tanta força.....
(o bebe é negro e José acha estranho)
J – Oxê, mas que diacho é isso muié?
Maria esta desacordada....
J – Maria, Maria...... acorda muié... pode me explica agora o que é isso......
Uma luz forte ilumina Jose e ao seu lado aparece um anjo.....
A – José?! (atrás de José....voz de anjo)
J – Quem ta aí?  (assustado)
A – Eu sou um anjo que Deus enviou para lhe falar.....
J – anjo? Aonde?
A – aqui atrás de você José....... (voz normal)
J – vixi..... tudo bem seu anjo? (dá a mão pro anjo)
A -  tudo Zé e vc?:
J – tudo bem graças a Deus.....mas o que o senhor ta fazendo aqui?
A – Deus me mandou para lhe ajudara escolher o nome do seu filho.....
J – meu filho? Dessa cor? Esse filho não é meu não.......
A – claro que é José...... ou você se esqueceu que sua vó é dessa cor?
J – mas o que minha vó tem a ver com isso?
A – na verdade nada..... o que interessa é que o filho é teu e pronto.....
J – você é doido é... quem me garante que o filho é meu?
A – DEUS (grita)
J –  ahhhhhhh ta......... se você tivesse falado antes..... se é Ele que diz, então é meu mesmo.....
A – pois então. Ele me enviou aqui, para lhe ajudar a escolher o nome do seu filho, já que Ele tem muitas coisas preparadas para ele.....
J - Coisas? Que coisas?
A – muitas coisas.... mas isso não vem ao caso.....
J – ta bom.... então o nome do meu filho vai ser Marciano.....
A – Marciano? Porque?
J – Sei lá... eu ouvi uma veiz e achei bunito.....
A – não não não..... eu tenho uma idéia melhor..... já que a essa hora já é natal o nome dele pode ser Jesus....
J – é mesmo, já é natal......
A – então pronto, o seu nome será Jesus.....
J – opa, perae, eu não concordo.....
A – porque?
J – porque eu quero um nome mais forte.....
A – Jesus
J – que todo mundo conheça....
A – Jesus
J – que tenha muito sucesso na vida
A – Jesus
J – que todo mundo goste dele
A – Jesus
J – não, todo mundo não, tem sempre alguém que não gosta né....
A – Jesus
J – que tenha muitos amigos
A – Jesus
J – que tenha muitos servos
A – Jesus
J – que possa me dar uma vida boa
A - Jesus
J – que seja um rei
A - Jesus
J – já sei!!!!
A – Jesus?!
J – Pelé!!!!! É isso!!!!
A – que????????
J – Pelé..... esse vai ser o nome do meu filho!!!!!!
A – Não não não não não...... Pelé não
J – porque não? Quer nome mais conhecido, nome de rei.....
A – não... seu nome será Jesus....
J – ah não..... Jesus não.... nada contra sabe..... mas é que Jesus não deu muito certo né.....
A – aí é que você se engana.....
J – é nada.... olha, o coitado foi pobre a vida toda.... vivia cheio de gente doente atrás dele..... e na hora de morrer os amigos desapareceram....... Jesus não, eu quero que meu filho tenha muito mais sucesso que Ele......
A – o que você se esquece é que Jesus é o Rei..... Ele abriu mão de toda a sua glória pra se fazer homem como você pra poder te entender..... Ele passou pelos mesmos problemas e mesmas dificuldades que você pra poder interceder por você junta a Deus..... Hoje, Ele está vivo. Porque apesar de ser crucificado, Ele ressuscitou três dias depois.... esqueceu? Ele está lá, no céu, ao lado de Deus, olhando você e intercedendo a Deus por você e sua família.... Por isso Deus me enviou até aqui.
J – nossa.... é mesmo?
A – Pois é José.... a sua história é muito parecida com a de José e Maria, e seu filho Jesus..... Jesus também nasceu assim, sem berço, sem nada..... Os pais de Jesus também eram pobres como você e Maria.... Mas o amavam e sabiam quem era o filho deles!!!!!
Eles não esperavam glória nem fama por isso, só queriam que o bebê cumprisse seu plano... e Ele cumpriu.... o único trabalho de José e Maria era educar Jesus. E isso eles o fizeram muito bem.....
Jesus cresceu e cumpriu a vontade de seu Pai, Deus, e morreu sim, abandonado até por Ele, mas morreu por amor de vocês homens..... é isso que significa o Natal.... o nascimento daquele que nasceu para morrer por você.... Seu filho não precisa morrer por ninguém porque o verdadeiro Jesus já o fez..... E toda vez que olhar seu filho, você vai se lembrar disso.....
Como eu disse, Deus tem planos para Ele, como tem pra você e Maria, mas vocês precisam educar e cuidar dele até o Senhor cumprir seu plano em sua vida....
Não importa a condição que você está, o que importa é que você saiba quem é seu filho..... ele é um escolhido de Deus..... e você foi escolhido para educar e amar esse bebe..... Então ame seu filho.... Ame Jesus sempre!!!!!
J – tudo bem.... se Deus me escolheu.... eu vo faze..... mas porque eu?
A – os planos de Deus não tem explicação, apenas creia!!!!!
J – eu creio..... vou cuidar bem do meu filho e prometo dar pra ele o melhor....
A – não esqueça, o seu melhor, é o seu amor.....
O anjo vai saindo de cena enquanto José fala
J – ta bom.... então esse será seu nome, Jesus....  Mas eu posso pelo menos colocar um segundo nome, quem sabe Jesus Pelé... soa bem né seu anjo?
J – anjo? Anjo?
M – José?
J – Maria....
M – ta doido é..... falando sozinho....
J – não, eu tava falando com o anjo....
M – que anjo?
J – o anjo que tava aqui....
M – não to vendo ninguém.....
J – deixa pra lá.....
M – cadê o minino?
J – ta aqui....
M – e você já sabe qual vai ser o nome dele?
J – Aham... vai ser pe...... quer dizer...... Jesus!
M – que lindo, era esse mesmo que eu queria....
J – eu sei amo, eu sei......
M – ah, feliz natal.....
J – feliz natal...

FIM

(Teatro Cristão)

PEÇA DE NATAL - UM NATAL ATRAVÉS DO TEMPO


UM NATAL ATRAVÉS DO TEMPO





PERSONAGENS:
Anjo. Junior, Luizinho, Lucia, Homem pré-histórico, Maria (mãe de Jesus), José (Pai de Jesus), Mulher judia, Homem judeu, Criança judia, Soldado alemão, Homem do futuro, Mulher do futuro, Pregadora, Agente do Anti-Cristo, Narrador


EFEITOS ESPECIAIS E MÜSICAS:
CENÁRIO:
CENA 1
(Véspera de Natal)
(NARRADOR) É véspera de Natal! A tarde é bela e três jovens amigos passeiam por uma praça no centro da cidade, eles estão felizes e param ao lado de uma bonita estátua que parece um anjo. Os três jovens são evangélicos e começam a conversar sobre o sentido do Natal.
(Junior) O Natal significa o nascimento de Jesus, mas as pessoas vem se esquecendo disso.
(Lucia) Eu concordo, mas... acho que pode existir presentes, panettone e muita alegria no Natal.
(Luizinho) – Mas gente... nos temos que entender que o sentido do Natal pode ser deturpado pelo diabo. Imaginem no passado, o Natal iniciou para lembrarmos do nascimento de nosso Salvador...
(Lucia) Mas eu gosto de panettone!
(Junior) Eu gosto de pernil!
(Luizinho) Mas e o nascimento de Jesus? Não podemos nos esquecer do motivo, as essências do Natal!
(NARRADOR) A discussão continua por algums minutos, mas os três jovens concluem que são muito inesperientes para obter todas as respostas, principalmente para a pergunta do “Por que o Natal foi tão distorcido?”
(Lucia) Olhem que estátua linda!
(Junior) Ela parece tão viva. Parece que olha para nós.
Luizinho pergunta brincando:
(Luizinho) Hei estátua! Você está viva?
A estátua se mexe e os jovens se assustam e gritam.
(Lucia) Não é uma estátua! É de verdade!
(Luisinho) O que é você?
(Junior) Deve ser pegadinha do Sergio Malandro ou pegadinha do Faustão.
(Anjo) – Não sou estátua. Sou um anjo do Senhor!
(Luisinho) Um anjo? Um anjo de verdade?
(Junior) Eu ainda acho que é pegadinha da televisão. Cadê a câmera escondida?
(Anjo) Não é pegadinha! O Senhor Deus me enviou para que possa auxilia-los em respostas sobre o sentido do Natal!
(Junior) Então não é pegadinha? Você é um anjo?
(Anjo) Exatamente!
(Lucia) Glória a Deus! Eu sabia que Jesus nos auxilia sobre o Natal.
(Anjo) Aquilo que você aprenderem devem repassar para toda a igreja.
(Junior) Como nos vamos passar para a igreja. Nós não somos pregadores.
(Anjo) Deverão fazer uma peça de teatro e apresentar para a igreja. Através do teatro trarão a mensagem.
(Luizinho) Qual mensagem? O que você vai nos mostrar?
(Anjo) Vou leva-los para o passado e o futuro da humanidade. E nestes tempos diferentes vamos entender como as pessoas vivem a essência do Natal ou porque desprezam.
(Lucia) Nós vamos viajar no tempo?
(Anjo) Sim! Primeiro vamos para o passado.
(Junior) Mas cadê a máquina do tempo?
(Anjo) Não precisamos de máquina. Apenas dêem as mãos e segurem na minha mão e viajaremos.
Eles dão as mãos mutuamente.
(Luisinho) Para onde vamos?
(Anjo) Para a era pré-histórica.
Fecham as cortinas.
CENA 2
(Era pré-histórica)
(NARRADOR) Luzes piscavam e os jovens sentiram como se atravessassem um longo túnel. Eles se sentiam como se voassem. Subitamente abriram os olhos e não estavam na mesma praça, estavam em um mundo diferente... o anjo os levará para os primórdios da humanidade. A Era pré-histórica. Mas o que poderíamos aprender sobre o Natal na era pré-histórica?
O homem pré-histórico entra no palco, ele bate a clava no chão e rosna.
(Junior) Olhem! Um homem pré-histórico!
(Lucia) Vamos falar com ele.
(Anjo) Calma! Não o assustem!
O homem pré-histórico se afasta, assustado com os estranhos.
(Anjo) Falem com ele sobre o Natal.
Os jovens se aproximam novamente, desta vez o homem não se assusta.
(Luisinho) Hei homem pré-histórico, você sabe o que é o Natal?
(Homem pré-histórico) Natal?
(Luisinho) Isso! Natal!
(Homem pré-histórico) Natal!
(Luisinho) Jesus nasceu no Natal.
(Homem pré-histórico) Natal!
(Luisinho) Jesus! Você sabe? O filho de Deus.
(Homem pré-histórico) Natal!
(Lucia) Ele não sabe quem é Jesus. Nessa época Jesus ainda não nasceu!
(Homem pré-histórico) Natal!
(Junior) Natal! Também é tempo de presente!
Junior dá seu relógio para o homem pré-histórico.
(Homem pré-histórico) Natal! Presente!
(Lucia) Mas Natal não é só presente. Natal é o nascimento de Jesus!
(Homem pré-histórico) Natal! Presente!
(Lucia) Não, seu troglodita! Não é só presente! Natal é o nascimento de Jesus!
O homem pré-histórico fica nervoso e se afasta gritando:
(Homem pré-histórico) Natal! Presente! Natal! Presente! Natal! Presente!
(Lucia) Tem que ser um homem pré-histórico. Ele só quer saber do presente.
(Junior) Ele nem desejou saber de Jesus.
(Luisinho) Ele é muito burro e materialista... tem que ser um homem pré-histórico.
(Anjo) Será que apenas os homens pré-históricos são assim? Será que as pessoas modernas e inteligentes do tempo de vocês se lembra de Jesus no Natal? Ou prefere presentes e outras coisas materiais? Será que nos dias de vocês os homens e mulheres não são piores que os pré-históricos?
(Luisinho) Anjo, você tem razão. Nosso mundo é muito materialista, por isso valoriza mais os presentes e festas que o nascimento do nosso rei Jesus.
O homem pré-histórico aparece novamente, ele joga o relógio e diz:
(Homem pré-histórico) Que não! Relógio do Paraguai!
Os jovens riem. O anjo indica que eles dêem as mãos novamente e fala:
(Anjo) Agora vamos para outra época. Uma época não tão engraçada.
CENA 3
(Campo de Concentração)
(NARRADOR) Novamente os jovens voam através do túnel do tempo e chegam a milhares de anos depois da era pré-histórica. A data é 25 de dezembro de 1943 e o lugar é o campo de concentração Auchiwizs dos nazistas alemães. Nesse campo de consentração, todos os dias morriam milhares de judeus assassinados pelos subaternos de Hitler. Famílias intereiras eram conduzidas para as mortais camaras de gás. Um lugar triste, de uma época triste... Um casal de judeu, juntamente com seu filho, esperam o momento de serem mortos. É Natal...
(Junior) Onde estamos?
(Luisinho) Que lugar esquisito e triste.
(Lucia) Anjo, onde estamos?
(Anjo) No Campo de Concentração alemão de Auchiwitz, durante a segunda guerra mundial.
(Junior) Onde morreram os judeus?
(Anjo) Sim! Onde milhões de judeus foram sacrificados pela maldade nazista.
(Luisinho) Mas Anjo... aqui é muito perigoso. Se os soldados alemães nos virem, seremos mortos.
(Anjo) Eles não vão nos ver. Estamos invisíveis a todos e vamos apenas observar. Ninguém pode nos ver.
(Lucia) Nesse lugar é melhor ser invisível.
(Junior) Mas... por que estamos aqui?
(Anjo) Estamos no dia 25 de dezembro de 1943, é dia de Natal. Vamos observar o que vai ocorre para estas pessoas neste Natal. Olhem aquela família, eles estão aguardando a vez de serem lançados na câmara de gás para morrer. Vamos observá-los.
O homem judeu abraça seu filho e esposa e diz:
(Homem judeu) Não fiquem tristes, hoje é Natal!
(Mulher judia) Do que adianta. Nós vamos morrer.
(Homem judeu) Não vamos sofrer mais... Hoje é Natal... Jesus nasceu... e também nasceu em nossos corações. Lembrem-se do que Jesus disse: Ainda que estejam mortos, viverão...
(Anjo) Ele é um judeu que se converteu ao cristianismo. A alguns anos, juntamente com sua esposa, aceitou Jesus como seu senhor. Mas mesmo assim, sua descendência judia, o condenou ao campo de concentração.
(Luisinho) Não podemos fazer nada? Vamos ajudá-lo!
(Anjo) Não podemos intervir, estamos apenas assistindo...Somos apenas espectadores.
A criança judia começa a chorar. O pai diz:
(Homem judeu) Não chore meu amor! Hoje é Natal! Jesus nasceu! E nós vamos viver a eternidade com Ele!
Eles se abraçam.
(Homem judeu) Vamos cantar uma musica de Natal. Para alegrar nossos corações. Noite feliz... Noite feliz (começa a música Noite Feliz).
Um soldado alemão, com a arma na mão, entra gritando.
(Soldado alemão) – Calem a boca! Calem a boca judeus desgraçados!
O soldado empurra a família e diz:
(Soldado alemão) – Chegou a hora de morrer! Para a câmara de gás!
Eles caminham abraçados e o homem judeu fala para a família:
(Homem judeu) Não tenham medo. Teremos o melhor Natal de nossas vidas na presença de Jesus.
O soldado alemão empurra a família para dentro do câmara de gás, a partir de uma porta e diz, após fecha-la:
(Soldado alemão) – Feliz Natal! Morram seus vermes!
O soldado alemão vai embora. Os jovens ficam tristes.
(Lucia) Isso foi horrível! Esse alemão é um monstro. Que Natal horrível!
(Anjo) Não! Não foi horrível! Eles sabem o que significa o Natal, principalmente, eles sabem porque Jesus veio a este mundo... para nos salvar. Como disse o homem judeu, depois daquela câmara de gás e da morte... ele tiveram o melhor Natal de suas vidas na presença de Jesus.
(Luisinho) Mas e o soldado alemão? Ele sabia que era Natal.
(Anjo) Do que adianta saber que é Natal? Aquele homem é um escravo de seus pecados e maldade. Alguém acorrentado ao ódio. Do que adianta saber que 25 de dezembro é Natal se Jesus ainda não nasceu em seu coração e tornou suas atitudes verdadeiramente cristãs. Atitudes de amor, paz, tolerância e respeito.
(Anjo) – Aquele não foi um Natal horrível para aquela família judia, foi um Natal horrível para o soldado alemão que não entende quem foi, ou o que ensinou Jesus. Assim é o Natal sem Jesus. Um Natal vazio. Vamos para outra época. Vamos viajar para o futuro.
CENA 4
(O Futuro)
(NARRADOR) Agora o destino é o futuro em um tempo depois do nosso. Um tempo diferente... com pessoas diferentes.Como será o Natal nessa época?
(Lucia) Que lugar legal! Aqui é muito melhor que o campo de concentração.
(Junior) Em que ano estamos?
(Anjo) Tudo que sei dizer é que se trata de um tempo depois de 25 de dezembro de 2002.
Agora não poderemos saber se dez, vinte ou cem anos depois.
(Junior) Anjo, por que não podemos saber o quanto avançamos no futuro?
(Anjo) Pois estamos em meio a Grande Tribulação. O governo do Anti-Cristo, ou seja, o arrebatamento da igreja já ocorreu e apenas o Pai sabe a data da volta de Jesus. Saber em que ano estamos, significaria saber a data da volta de Jesus e isso, nem eu, nem vocês,podem saber.
(Luisinho) O Anti-Cristo está aqui?
(Anjo) Esse é o mundo sob o comando do Anti-Cristo. Mas graças ao Fiel Deus estamos novamente invisíveis a todos. Vamos apenas observar o Natal.
Uma mulher (pregadora) e um casal sobem ao palco. A pregadora para o casal e fala:
(Pregadora) Posso falar com vocês por alguns minutos?
(Homem do futuro) Sim! Em que podemos ajudar?
(Pregadora) O que significa o Natal para vocês?
(Mulher do futuro) Natal? Muita festa! Muita comida!
(Homem do futuro) Natal? Muita bebida! Whisky! Vinho! Champanhe!
(Pregadora) Mas e o nascimento de Jesus?
(Mulher do futuro) Quem?! Você é louca? Não fale esse nome perto de nós!
(Homem do futuro) O mestre proibiu até pronunciarmos esse nome. Nosso Natal será como sempre foi, apenas bagunça e satisfação física.
(Pregadora) O Natal significa o nascimento de Jesus. Apesar de já ter ocorrido o arrebatamento da igreja, ainda existe oportunidade de salvação. Jesus precisa nascer em nossos corações.
(Mulher do futuro) Sua louca rebelde!
(Homem do futuro) Rebelde! Você está pregando contra o mestre da nova ordem mundial. Nunca ocorreu arrebatamento, foram extras terrestres que levaram os religiosos fanáticos da Terra.
(Pregadora) Foi Jesus que buscou sua igreja. Não podemos esquecer de Jesus. Hoje é Natal! Jesus nasceu.
(Homem do futuro) Cale a boca! Jesus não existe! Natal não tem nada haver com Jesus!
(Mulher do futuro) Não fale mais com essa maluca. Vamos chamar os policiais para prender essa rebelde.
(Homem do futuro) Polícia! Uma rebelde!
Um agente do Anti-Cristo entra correndo.
(Mulher do futuro) Essa louca está pregando sobre Jesus. Falando que o Natal significa o nascimento de Jesus.
(Agente do Anti-Cristo) Isso é verdade? Você está falando sobre Jesus?
(Pregadora) Sim! O Natal significa o nascimento de Jesus. Ele nasceu em meu coração e esta é a única oportunidade de salvação.
(Agente do Anti-Cristo) Não fale esse nome. É proibido!
A pregadora corre até a beira do palco e diz para o público:
(Pregadora) Não existe Natal sem Jesus... Não existe vida sem Jesus. Eu nunca vou abandonar Jesus.
O agente aponta a arma para a pregadora e declara:
(Agente do Anti-Cristo) Na autoridade da lei da Nova Ordem Mundial, eu ordeno que você negue esse falso Deus. Amaldiçoe seu Deus e declare o mestre da Nova Ordem.
(Pregadora) Não posso. Eu perdi o arrebatamento mas não vou abandonar meu Jesus.
(Agente do Anti-Cristo) Negue ou vou executá-la.
(Pregadora) Hoje é Natal. Jesus nasceu em meu coração.
(Agente do Anti-Cristo) Então morra!
O agente atira na pregadora que caí no chão.
(Junior) Não! Anjo, faça alguma coisa!
(Anjo) Não posso.
(Lucia) Mas por que? Ela estava falando de Jesus.
(Anjo) Assim será na Grande Tribulação, após o arrebatamento da igreja. Será proíbido falar em Jesus. Estranho é que em nossos dias, as pessoas tem a oportunidade de servir a Deus, falar de Jesus e se esquecem de nosso Salvador até mesmo no Natal.
(Anjo) Nunca se esqueçam! Não virem as costas para Jesus. Consagrem suas vidas para Ele. Pois o futuro após o arrebatamento será de muitas dores e morte. Neste Natal, que as pessoas possam olhar para seus corações e verificarem se Jesus realmente nasceu em seu interior. Nunca abandonem Jesus!
(Luisinho) Anjo! Tudo isso é horrível! O Campo de Concentração, o futuro e a grande tribulação. Estou me sentindo muito triste.
(Junior) Eu também! Sinto meu coração pesado.
(Anjo) Vamos agora para nossa última etapa da viagem pelo tempo.
(Lucia) Para onde vamos?
(Anjo) Viajar para um passado longínquo... onde tudo começou. Vamos para uma cidade chamada Belém.
Eles dão as mão e se fecham as cortinas.
CENA 5
(A Manjedoura)
(NARRADOR) Diz a Bíblia, no evangelho de Lucas, capítulo dois: Naqueles dias saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo fosse recenseado. Este primeiro recenseamento foi feito quando Quirínio era governador da Síria. E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade. Subiu também José, da Galiléia, da cidade de Nazaré, à cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi, a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Enquanto estavam ali, chegou o tempo em que ela havia de dar à luz, e teve a seu filho primogênito; envolveu-o em faixas e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.
(Luisinho) Olhem aquela manjedoura!
(Junior) Estamos em Belém? No dia do nascimento de Jesus?
O anjo se prostra.
(Anjo) Ajoelhem-se, estamos diante do Rei dos Reis.
Todos se ajoelham.
(Lucia) É a cena mais linda e emocionante de minha vida.
(Anjo) Esse é o início de uma história de salvação e amor. Uma história que mudou o destino de milhões de almas.
(Luisinho) Estou tão emocionado. Gostaria de dar presentes para Jesus, como os reis magos fizeram.
(Anjo) O melhor presente que vocês podem dar para Jesus, são seus corações.
Presenteiem Jesus com seu amor.
(Luisinho) Posso começar... Como presente, eu digo: Obrigado, Jesus, porque um dia o Senhor nasceu e nos trouxe uma nova esperança. Posso sentir essa nova esperança em meu ser.
(Junior) Agora sou eu: Obrigado, Jesus, pelo seu grande amor. Eu te amo.
(Lucia) É minha vez: Obrigado, Jesus, pois nós sabemos o que o Natal. Ele relembra sua vinda para nos salvar. Eu agradeço e quero ensinar a todos que o Senhor é nosso Salvador, um Deus de Amor Maravilhoso.
MÚSICA DE NATAL.
(Anjo) Agora vamos! Precisamos voltar.
(Luisinho) Eu quero ficar com Jesus.
(Anjo) Você vai viver a eternidade ao lado de Jesus. Agora você precisam voltar e dizer para todos a importância do Natal, pois comemoramos a vinda de nosso Salvador.
(Todos) Sim!
(Junior) Mas... anjo... Nós já transmitimos a mensagem... Olhem para essas pessoas que agora entendem o que é o Natal. E para todos vocês:
(Todos) Um feliz Natal com Jesus!

Fim

(Teatro Cristão)


PEÇA DE NATAL - NATAL PODE TER SENTIDO - DEPENDE DE CADA UM


NATAL PODE TER SENTIDO! Depende de cada um.


Uma jovem que se questiona sobre o sentido do Natal.

Jesus a visita, e a leva a dois lares a fim de aprender e ensinar o real sentido desta comemoração.


Moça: Sabe, eu estava pensando um pouco sobre o Natal. Sempre quando chega essa época do ano a gente ouve e fala muito em Natal. Basta ligar a televisão e pronto, lá está o natal em tudo e para todos os lados. As lojas, as casas e até as ruas estão enfeitadas para mostrar um clima diferente e todos se esforçam para entrar no clima do natal. Compramos presentes e a expectativa para a noite de natal é grande. Mas quando finalmente chega o dia 25, nos frustamos um pouco, pois a gente vê que aquele clima todo era só fachada; só estratégia para as lojas venderem seus produtos. E aí, nós sentimos um vazio muito grande e temos a impressão que está faltando algo. Eu já ouvi muita gente dizer que só os pobres entendem o sentido do natal e que os ricos não podem entender. Eu não sei se isso é verdade. É, mas se for, deve ser por isso que eu não entendo o verdadeiro sentido do natal, pois não sou nem rica e nem pobre. Deve ser por isso que eu sempre fico triste nesse dia. E, pensando bem, acho que só houve um natal de verdade, só aquele em que a estrela brilhou com muita intensidade. É, aquele natal, o primeiro, quando Jesus nasceu em Belém. Imaginem: a estrela brilhando, os anjos cantando, os pastores e os reis adorando o menino Jesus pessoalmente. Ah, acho que se estivesse lá, naquele dia, eu entenderia o sentido do Natal de fato. Mas como eu não estive lá, eu devo me conformar, a final, acho que não sou só eu que sinto isto. Natal deve ser só isso mesmo, eu é que fico fantasiando, achando que pode ser diferente.
(Baixa a cabeça triste e de repente ouve uma voz).
Voz: Ei, psiu. (Ela olha para os lados) Eu ouvi você falando em Natal, e quero dizer para você não se conformar. Natal não é só isso. Natal pode ter um sentido verdadeiro.
Moça: A pode? Então me dá a receita.
Voz: Pode sim. Como eu nasci em Belém e houve brilho no céu e anjos cantando, vai acontecer de novo, se você deixar eu nascer em seu coração. Pode pegar a bíblia a ler, pois lá está escrito que há júbilo no céu quando um pecador se arrepende e me deixa entrar em seu coração.
Moça: Quer dizer que... Jesus és tu mesmo que estás falando comigo?
Voz: Sou sim. Eu falo com todos aqueles que anseiam pela minha presença.
Moça: Jesus, eu quero que tu nasças em meu coração, eu quero entender o verdadeiro sentido e a verdadeira alegria do Natal.
Voz: se assim queres, podes seguir o teu caminho e eu estarei contigo por onde quer que andares.
Moça: valeu Jesus, eu já estou sentindo uma paz.
Voz: Ei, espere aí.
Moça: Pode falar, eu estou ouvindo.
Voz: Você não estava errada em uma coisa, pois há muita gente como você, que não compreende o sentido do natal. Agora que você já entende, eu quero que você seja minha mensageira e vá dizer para as pessoas aquilo que eu disse para você. Vá mostrar aos outros o verdadeiro sentido do natal.
Moça: Legal Jesus, já estou indo.
Voz: Vá, mas olha, não é verdade que só os pobres entendem o sentido do natal. Tanto os ricos como os pobres podem entender o sentido do natal. Tanto, um como o outro só vai entender o sentido do natal quando me deixar nascer em seu coração. Portanto, vai e leva essa mensagem, tanto a ricos como a pobres.
Moça: Para os de classe média também?
Voz: Ô menina.
Moça: É brincadeirinha, Jesus.
(Abrem-se as cortinas e tem duas casas, uma rica e outra pobre.)
Mulher rica: Menino, não mexa aí. Não desarrume a toalha. Ah, minha irmã, por favor, dê um jeito nesses teus filhos. Parece que eles são elétricos. Não param nunca.
Irmã: Calma, criança é assim mesmo.
Mulher rica: Pieri esta bandeja não é aqui. Faça-me o favor. Você não aprende nunca?
Pai rico: O que é isso mulher? O que você tem? São as crianças que estão elétricas e você é que dá choque?
Mulher rica: Eu estou nervosa, pois me preocupo tanto com os preparativos para o natal e quando ele chega não tem graça nenhuma, não tem sentido nenhum..
Irmã: Ah, também não é assim, pois está tudo tão bonito.
Mulher rica: É, está tudo bonito por fora, mas lá dentro do coração falta algo. Não falta em vocês também?... Vai diz. Pelo menos uma vez sejam sinceros. Admitam. Eu já admiti.
Todos: É. É verdade. Eu também me sinto assim.
Pai rico: Eu daria tudo o que tenho para entender o sentido do natal, para estar feliz neste dia.
Mulher rica: É, mas feliz de verdade não é?
Irmã: Mas acho que não há nada a fazer.
Moça: (dá um salto) Te enganas, há algo a fazer sim.
Pai rico: Ei, de onde você saiu?
Moça: Isto não interessa. O que interessa é que eu tenho a resposta para as suas perguntas.
Mulher rica: Eu sei, você vai dizer que temos que ficar pobres, não é?
Moça: Não, não é isso não.
Irmã: Então o que é?
Moça: Natal significa: Jesus nasceu, sabiam?
Todos: Sim.
Moça: Então para vocês entenderem o sentido do natal é só deixar Jesus nascer em seus corações, e se assim quiserem e fizerem, entenderão o sentido do natal.
Pai rico: E como você sabe disso?
Moça: Eu sei porque pensava assim como vocês. Quando deixei Jesus entrar em meu coração, tudo mudou e hoje é o meu primeiro natal de verdade. O primeiro natal em que eu estou feliz. Olhem para mim.
Mulher rica: E como a gente faz?
Moça: É simples, basta pedir para Jesus entrar no teu coração e ele entra.
Todos: eu quero.
Moça: Então cada um pode fazer a sua oração particular e lhe dizer isto. (Depois da oração há transformação, a mulher rica está brincando com as crianças, etc. A moça vai saindo e todos dizem)
Todos: Ei amiga, valeu, tá,
Filho pobre: O mãe, não chora, hoje é natal e a senhora deveria estar alegre.
Outro filho: É pai, o Senhor também não deveria estar triste. A gente não vai morrer por comer feijão na noite de natal. (Aí é que a mãe chora)
Filha pobre: uma amiga disse que fazia mal comer feijão domingo, agora imagina no natal.
Outros filhos: Cala a boca menina.
Pai pobre: Comer feijão ou não, não é o problema, pois natal deveria ser mais que comida, mais que festa. E se fosse assim, nós estaríamos felizes, mesmo comendo feijão.
Mãe pobre: É, mas é todo ano assim. (chora) E ainda dizem que pobre é que sabe o sentido do natal.
Pai pobre: Se eu soubesse o que fazer, o problema é que eu não sei.
Moça: Pois então os teus problemas acabaram.
Mãe pobre: Como você entrou aqui?
Moça: Isso não interessa. Mas o que interessa é que eu tenho a solução para os teus problemas e as respostas para as tuas perguntas.
Pai pobre: então fala logo.
Moça: Queres ser feliz, mesmo comendo feijão.
Todos: Sim.
Moça: Então deixa Jesus nascer no teu coração. Legal, até rimou. É, mas é isso mesmo. Só Jesus traz a verdadeira felicidade e esta felicidade dinheiro não compra, mas Jesus te dá de graça.
Mãe pobre: E o que temos que fazer para a gente ser feliz?
Como Jesus pode entrar em meu coração.
Todos: É, como?
Moça: Através da oração, pois ele vem ao encontro de quem o chama e entra no coração de quem abre o coração para ele entrar.
Pai pobre: E como a gente ora?
Moça: Orar é conversar com Jesus. Então cada um pode fazer uma oração silenciosa e pedir para Jesus nascer em seu coração. Pode falar como você sempre fala. Não precisa achar palavras bonitas, pois o que Jesus quer é sinceridade. (Depois da oração tudo muda, até o feijão tem gosto de chocolate).
Filho rico: Mãe, vamos chamar os nossos vizinhos para festejarmos juntos.
Mulher rica: Vamos! Ei vizinha você e sua família poderiam vir festejar o natal conosco?
Mãe pobre: Claro.
Todos os filhos pobres: Oba.
Filho rico: O que vocês estavam comendo? (pergunta ao pobre)
Filho pobre: Feijão.
Filho rico: Sério?
Filho pobre: Por que , vais rir?
Filho rico: Não, é porque eu gosto muito de feijão. O mãe, eu quero comer feijão, eu quero.
Irmã: O que é isto menino? Onde eu vou achar feijão agora?
Filho pobre: Lá em casa.
Mãe pobre: Cala a boca, menino.
Mulher rica: Tem feijão lá?
Mãe pobre: É, tem.
Pai rico: Então busca. Eu gosto tanto!
Filhos: Vamos acabar com as divisas! (Tiram as divisas e todos formam uma só família).
Moça: Puxa, que legal! Jesus é mesmo tremendo! Ele transformou toda aquela tristeza e desânimo em alegria. Se não fosse ele cada família estaria no seu canto triste. Assim, dividiram o que tinham e todos ficaram felizes.
Voz: Ei, filha!
Moça: Fala Jesus.
Voz: Agora que você já fez a sua parte, pode sair que eu quero falar com esse pessoal.
Moça: Que pessoal?
Voz: Esse que está te assistindo.
Moça: A é? Então estou saindo.
Aparece o dono da voz.
· Voz: Eu não sou Jesus, mas quero dizer que tudo que vocês viram é de fato verdade. Jesus faz a diferença na vida de qualquer um.Eu não preciso dizer como vocês devem fazer para Jesus entrar no coração de vocês, pois isto vocês viram no teatro. É so fazer igual, orar e dizer que você quer que Jesus entre, e ele vai entrar. Vai nascer em teu coração. E é a partir deste momento que você vai começar a entender a alegria e o verdadeiro sentido do natal. Agora é com cada um. Porque este final, você decide, e ninguém pode decidir por você, só você mesmo.

Fim

(Teatro Cristão)


PEÇA DE NATAL - JESUS VEM PARA O JANTAR


JESUS VEM PARA O JANTAR


Numa família rica chega a informação de que Jesus vem para o jantar, a ansiedade e a euforia tomam conta. No momento que Ele chega é rejeitado...



Cenário – Uma família muito rica reunida para o almoço –
Pai, mãe, filha, filho e empregada – falam de sua importância na sociedade, o destaque, alcançado, a inveja que os assola, o sucesso nos negócios, ...
            Mãe – Joana, pode servir o almoço. (a empregada põe a mesa e presta atenção à conversa)
            Pai – Querida, nem parece que já é Natal outra vez. Que época enjoada. Chega o fim do ano. Contas para pagar por todos os lados. Aquele bando de empregados que quer o 13º salário, pensa em feriadão... e eu aqui só pagando ... Os clientes querem presentes, agrados, convites. Sem falar naqueles maldito amigo secreto. Quanta falsidade ...
            Filho – Por falar em presente ... Velho, lembra daquela moto? Todos os meus amigos morreriam de inveja.
            Pai – Moto com 14 anos? A bicicleta importada que te dei está ótima.
            Filho – Credo, pai! Bicicleta é coisa para os filhos dos teus empregados, aqueles pobretões que não se cansam de pedalar. Acreditam em exercício físico que faz bem para a saúde.
            Mãe – É verdade! Nós somos da alta sociedade, temos uma imagem de bem sucedido. Muitos gostariam de estar no nosso lugar.
            Pai – Que se ralem como eu. Quer uma moto? Trabalha e compra com o teu dinheiro.
            Filha – Calma! Devagar! Eu também tenho uns pedidos. Não posso fazer feio diante do meu namorado. O Fredy, filho do seu maior concorrente, iria pensar o quê? Que não somos tudo o que aparentamos.
            Mãe – É verdade! Os nossos filhos são e têm mais que os outros, portanto tem que mais é mostrar tudo que podemos fazer. Imagina perder para aquele bando de invejosos.
            Pai – Será que não tem coisa mais interessante para fazer que impressionar os outros comprando coisas.
            Empregada – Eu estou ansiosa com a chegada do Natal. Meus irmãos vêm me ver. Vamos a um programa lá na igreja do bairro e depois, em casa, a ceia é feita com aquele prato de doces e salgados que cada um traz. É hora de matar a saudade.
            Nisto alguém bate à porta. O carteiro entrega um telegrama.
            Carteiro – Um telegrama. Assina o recebimento por gentileza.
            Filha – Pois não, obrigada! ( abre o envelope e lê a mensagem) Prezada Família Mendonça, hoje, às 20h, Jesus jantará em vossa companhia.
            Mãe – Viram só a nossa importância? Até Jesus sabe que somos importantes e escolheu a nossa casa para passar o Natal. Isto é o máximo! É a glória! Minhas amigas vão morrer de inveja.
            Filho – Jesus? Quem é? Nunca esteve em nossa casa. É algum empresário ou político importante.
            Filha – Mano! É aquele da Bíblia que dizem veio para salvar os pecadores. A história é antiga, as pessoas já nem acreditam mais.
            Mãe – Jesus é Deus e Deus na minha casa é o máximo. Preciso preparar uma bela ceia: peru, nozes, vinho fino, doces caramelados. Não posso esquecer de nada. Um arranjo de Natal, o pinheiro com luzes coloridas ...

Enquanto todos se preocupam em providenciar tudo para a grandiosa noite ... entram alguns jovens que questionam o público.
            1 – Você já ouviu falar de Jesus Cristo, o Salvador do Mundo?
            2 – O Filho de Deus que veio para trazer a certeza da salvação para todas as pessoas que têm fé e seguem os seus ensinamentos?
            3 – Aquele menino que nasceu em Belém há 2000 anos. Foi perseguido por reis porque anunciava a verdade, a possibilidade de salvação. Dizia que as pessoas deviam temer a Deus e amar o próximo?
            4 – Você, meu amigo, minha colega, você já ouviu falar de Jesus? Você já parou para ouvir a sua história? Você já contou a história de Jesus para alguém?
            5 – O quê? Você tem vergonha de dizer que acredita em Jesus, que tem fé? Você se esconde para não falar da maravilhosa obra de Jesus?
A família volta para a sala de jantar e prepara tudo para receber Jesus.
            Empregada – Este Jesus deve ser muito importante. Com tanta despesa e gastos para apenas uma janta. Que exagero para receber um cara chamado Jesus. Se é o Jesus verdadeiro, aquele lá de Belém, vai ficar muito decepcionado. Ele era simples, pregava a humildade, perdão, solidariedade.
            Pai – Será que Jesus é pontual? Não posso perder tempo. Ainda tenho algumas providências para tomar. A fábrica não pode parar. O prejuízo seria enorme.
            Filho – Se ele é tão importante como dizem, deve chegar na hora.
            Filha – Estou curiosa. Será que ele tem um papo legal?
Nisto alguém bate à porta e a empregada atende. Entra um mendigo e pede uma ajuda.
Mendigo – Peço por caridade um pedaço de pão ou um dinheirinho para comprar algo para comer.
            Filho – Hoje não tem pão. Estamos esperando um convidado, a pessoa mais conhecida no mundo e não podemos perder tempo com mendigo.
            Bêbado – Com licença! Preciso de ajuda, pois minha família me abandonou e não tenho onde dormir...
            Filha –Lugar de bêbado é na sarjeta. Escolheu este caminho agüenta. Vire-se do jeito que dá.
            Doente – Por piedade, estou muito doente. Preciso comprar remédios e o meu dinheiro não chega. Sei que vocês têm muito.
            Mãe – Hoje não dá. Estamos esperando uma visita importante.
            Pai – Mas justo hoje  me aparece tudo que é traste para pedir coisas. Deveriam se preocupar em ganhar dinheiro, trabalhar prá valer e não encomodar os outros
            Empregada – (dirige-se ao público) Eles não conhecem Jesus. Nunca conseguiram entender a mensagem de salvação, amor e fraternidade.
O carteiro novamente chega para entregar uma carta e é interrogado pela mulher.
            Mãe – Você nos trouxe a notícia de que Jesus viria jantar em nossa casa. Preparamos tudo e ele ainda não chegou. Estamos decepcionados com ele.
            Carteiro – Ele já esteve aqui e vocês o mandaram embora. Você não receberam o mendigo, o bêbado, o doente. Era a oportunidade de fazer aquilo que Jesus mais ensinava ao seu povo há 2000 anos atrás e continua nos ensinando: ama a Deus acima de tudo e ama ao teu próximo como a ti mesmo.
                                               
  FIM
(Teatro Cristão)


PEÇA DE NATAL - O FILHO PRÓDIGO - RETORNANDO NO NATAL



Ato 01 – Numa sala está o Pai e o Filho Pródigo sentados aguardando a chegada do outro filho. Depois que as cortinas se abrem, entra o filho. Antes que as cortinas se abram, entra narração.
Narrador. Existe um lugar, onde tudo foi planejado para que existia paz, tranquilidade, entendimento e amor. Um lugar onde as pessoas pudessam se enteder e viver em cumplicidade umas com as outras. Este lugar é chamado de lar, lugar de refúgio, Lugar onde pessoas unidas constituem uma família e apesar da família ser um projeto perfeito, muitos não conseguem atingir o equilíbrio perfeito de uma família bem sussedida, então os diferentes interesses surgem como uma espada afiada, dividindo-a ao meio, proliferando mágoa, angustia e dor. (abre-se as cortinas) Neste exato momento uma destas famílias está prestes a passar pelo fio desta espada.
Filho: (entrando na sala) Oi pai, o senhor me chamou?
Pai: Sim filho, seu irmão tem algo a dizer e eu gostaria que vc. Também estivesse presente. (dirigindo-se ao filho pródigo) Pode dizer filho. O que vc. quer ?
Filho Pródigo: (levantando-se) Pai, eu quero tudo que é meu, vou viver minhas próprias experiências, quero viver a minha vida, estou cansado disso tudo, eu não sou como você, vou morar sozinho, assim você não vai mandar em mim, vou fazer tudo que eu quero.
Filho: (Indignado) O que?
Pai: Você tem certeza que é isso que você quer? Filho você tem tudo que precisa aqui na fazenda, nunca te faltou nada.
Pense melhor. Olha, este ano nós vamos preparar a melhor festa de natal que já fizemos na fazenda, sem você aqui isso não terá sentido meu filho.
Filho Pródigo: Eu já tomei minha decisão, e não vai ser uma festinha de natal que vai me fazer mudar de idéia.
Filho: Você é um ingrato, como pode falar assim com nosso pai.
Pai: (Acalmando a cituação) Calma filhos, não precisamos nos exaltar. (Dirigindo-se ao filho pródigo) É isso mesmo que quer?
Filho Pródigo: Sim, eu estou cansado dessa vida de fazenda, eu quero viver minha vida, do meu jeito.
Filho: Você tá maluco pai. Você vai permitir isso?
Pai: (para o filho, fala triste) Se for assim que ele quer, assim será!
Filho Pródigo: (mostrando um papel ao pai) Aqui está o documento para você assinar, para passar tudo o que é meu por direito.
Filho: Eu não acredito nisso, não vou ficar aqui assistindo isso (vai saindo da sala).
Pai: (Observa o papel um instante e em seguida assina o documento) Aqui está filho, tudo que você tem direito é seu, mas tome cuidado com que vai fazer.
Filho Pródigo: (Pegando o documento) Não se preocupe, eu só quero ser feliz e livre. (saindo) Aí, galera. Agora é só curtição, agora eu sou “playba”!* (música)
Ato 02 – As cortinas se fecham para troca de cenário. Um ambiente de festa. Com as cortinas fechadas entra satanás comemorando sobre o som de uma forte música de suspense.
Satanás: (Entra pela frente dando gargalhadas) ...Haaaaa há há há Haaaaa.... Que maravilha, mais uma família começa a ser desmantelada. Bom, agora só preciso garantir que ele se destrua de vez e então, estará em minhas mãos... (Gargalhada...) ...Haaaaa há há há Haaaaa....Para Sempre ...Haaaaa há há há Haaaaa....(sai correndo)
Entra música de festa e enquanto as cortinas se abrem entra narração. No palco uma mesa com copos e garrafas e se possível algumas pessoas de figurante e o filho pródigo ao redor da mesa com duas amigas.
NAR: - Durante dias, sua vida virou só curtição, indo a festas, pagando a entrada de todos, vestindo as melhores roupas... e após um tempo passou a se drogar.
Filho Pródigo: Que festaço, só filé, aí tu viu aquela mina que me deu mole né? Eu sou o cara!
Amiga (1): aquela que te deu mole é tão feia que quem trouxe ela não foi nem a cegonha foi um urubu, que ainda pediu desculpa a mãe dela.
Amiga (2): a única mina bunita que falô com vc, te deu um toco inesquecível, (Imitando uma cantada)_te conheço de algum lugar? _ É eu me lembro de você do curral que eu fui semana passada! _ não sabia que boneca andava! _ e eu não sabia que burro falava! É cara sua situação ta difícil
Filho Pródigo: Qual é, esquece isso, tu qué me queimar?
Amiga (2): mais? Impossível.
Filho Pródigo: Esquece isso! (nisso entra outro amigo – O Paulão)
Paulão: Fala aí galera, cheguei!
Amiga (2): Oh cara, onde você estava?
Filho Pródigo: É meu, faz um tempão que chegamos aqui.
Paulão: Sabe o que é, eu estava negociando um lance aí pra gente, mas não deu certo.
Amiga (1): Não deu certo por quê?
Paulão: Faltou grana, O que eu tinha não dava. Foi uma pena, pois nós íamos curtir o maior barato.
Filho Pródigo: Faltou quanto mano, fala aí que eu dou um jeito.
Paulão: Quinhentos paus.
Filho Pródigo: Por isso não. (Tira a carteira do bolso e assina um cheque entregando pro Paulão) Toma aqui “mil pilas” e trás o dobro, nós merecemos fartura.
Paulão: Aí, senti firmeza, to indo, mas já volto com a nossa noite garantida. Fui (sai de cena)
Amiga (1): cara você e maluco de andar com esse cheque por ai.
Filho Pródigo: melhor comigo do que sendo sugado num banco.
Amiga (2): O sem mulher ta certo!
Filho Pródigo: Olha, agora eu sou dono do meu nariz, e tenho grana pra fazer o que eu quizer. E falando nisso, esse ano eu voufinanciar uma festa de natal pra toda galera, que vai ser a festa mais falada de toda região, vocês vão ver.
Amiga (2): O cara tá inspirado heim, Aí pode contar com a gente nessa balada aí...
Filho Pródigo: Eu to com uma parada boa aqui. Enquanto o Paulão não vem, dá pro gasto.(Filho Pródigo e as amigas, fazem uma “rodinha” para acenderem um “baseado” e nisso uma pessoa (a ladra) vem e o cumprimenta)
Ladra: E ai meu velho, tudo certo?
Filho Pródigo: tudo?
Ladra: Pó cara, deixa eu ir lá que tem um cara me esperando. (Ela o abraça e sem que o filho pródigo perceba, ela leva sua carteira)
Amiga (2): quem é essa maluca.
Filho Pródigo: cara eu não faço a mínima! (levanta o “cigarrinho”, e diz). E fez Deus as ervas e viu que era bom!(traga prende esolta, e todos riem, toca uma musica e eles se drogam passando o cigarro um para o outro)
Amiga (1): acende mais um aí maluco!
Filho Pródigo: Pô cara acabo!!
Amiga (1): agora você tem dinheiro, compra mais lá, seu mão de vaca.
Filho Pródigo: - (procura a carteira em seus bolsos, mas não acha.) A minha carteira sumiu, cara eu fui roubado, foi aquela filha...!
Amiga (2): Pára com isso..., pega logo o dinheiro.
Filho Pródigo: - Eu to falando sério, a minha carteira sumiu.
* (silêncio) * A amiga (1) olha para a amiga (2) *
Amiga (2): - Pô cara, valeu heim, quando você achar agente volta. (Os amigos o humilham e saem. O Filho Pródigo volta-se para o público e as cortinas se fecham).
Satanás: (Entra pela frente dando gargalhadas) ...Haaaaa há há há Haaaaa.... Que maravilha, o meu plano está dando certo mais uma vez, eu lhe dei tudo o que queria, agora ele está a um passo de cair em minhas mãos...(Gargalhada...) ...Haaaaa há há há Haaaaa....e para sempre ...Haaaaa há há há Haaaaa....(sai correndo)
Entra uma música triste e enquanto as cortinas se abrem entra narração. No palco se for possível, simular uma calçada. O filho pródigo Entra com roupas sujas e muito deprimido com umas notas de dinheiro na mão como que se as contasse.
Filho Pródigo: Esse dinheiro é tudo que me resta, isso só dá pra eu comer alguns dias e depois, só Deus sabe o que vai ser de mim.
Ladrão: ( Se aproxima devagar) Oi amigo. você tem horas aí.
Filho Pródigo: (desconfiado guarda o dinheiro) Não, eu não tenho relógio.
Ladrão: Viu, eu não sou daqui da cidade. Será que você não tem um ou dois real pra eu poder comprar alguma coisa pra comer.
Filho Pródigo: Me desculpe, eu não tenho.
Ladrão:  ( insistindo) Mas, nem um realzinho.
Filho Pródigo: Me desculpe amigo, eu também estou na pior. Não posso te ajudar não.
Ladrão: (puxando uma arma e avançando) Qual é mano, isso é um assalto. Pensa que eu não vi você contando o dinheiro. Passa a grana agora, vamos...anda...
Filho Pródigo: Calma cara, eu não tenho nada, eu estou na pior.
Ladrão: (encostando a arma em sua cabeça) Eu não sou idiota meu caro. Enfia a mão no bolso e me dá essa grana, se não eu te mando pro inferno.
Filho Pródigo: (Pegando o dinheiro) Calma, calma, aqui está. (entrega o dinheiro) Eu não tenho mais nada, é só isso.
Ladrão: (Pega o dinheiro) Mas que merreca. Agora vira de costa e se você olhar pra trás, eu te encho de chumbo. (sae corendo, depois que ele se vira).
Filho Pródigo: (Depois do ladrão ter ido embora, senta-se no chão) Que cituação, agora eu estou perdido de vez, não me rrestou mais nada. Estamos na semana de natal, todos estão preparando-se para dias felizes de festas e comemorações, e eu não tenho nem onde ficar. O que eu vou fazer? (abaixa a cabeça)
Começa uma música triste e narração:
NAR: Algum tempo depois... Ele se encontra destruído, sem dinheiro e abandonado por aqueles... Que diziam ser seus amigos. Está escrito, Segundo a Palavra de Deus, no livro de Eclesiastes, Capítulo 5, Versículo 10 diz: - O que amar o dinheiro, nunca se fartará de dinheiro; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda: também isto é vaidade.
Depois de um tempo, entram algumas crianças brincando e percebendo ele, começam a perturbá-lo a á humilhá-lo.
Criança (1) : Olha tem um mendigo ali...
Criança (2) : Vamos mexer com ele, me dá a bola aí...(Pega a bola de uma outra criança e joga nele e todas riem)
Filho Pródigo: (segurando a bola) Hei, o que vocês estão fazendo, não estão me vendo não.
Criança (2): Desculpa aí tio, pode me devolver a bola.
Filho Pródigo: (Devolvendo a bola) Tenham cuidado... (se vira na direção contrária a das crianças, que novamente jogam a bola nele pelas costas. Então se irrita). O que é, vocês não podem fazer isso.
Criança (3): Porque não, a gente faz o que quer.
Filho Pródigo: Não faz não, o que vocês acham que eu sou...
Criança (4): (Bem alto) Um Mendigo bobão...(e todas a crianças começam a chamá-lo de mendigo e saem correndo dele.)
Filho Pródigo: (ameaça correr atrás das crianças, depois volta para o lugar que estava) Que situação, que humilhação, o que foi que eu fiz da minha vida.
Os amigos se aproximam
Amiga (1): Pô cara o que aconteceu com você?
Filho Pródigo: Eu perdi tudo, aquele cheque era o único dinheiro que eu tinha, agora eu não tenho dinheiro nem pra pagar o aluguel de uma quitinete..
Paulão:  Aí. A vida é assim mesmo.
Amiga (1): Olha, minha mãe tem uma fazenda e precisa de alguém pra alimentar os porcos.
Filho Pródigo: - Cuidar de porcos? Jamais!
Paulão:  Cara, se eu fosse você eu aceitaria sim. Daqui a pouco é natal e eu acho que você não vai querer estar nesta cituação não, ou vai.
Filho Pródigo: - Mas isso seria humilhante demais.
Amigo (2): - Então você pode ficar aí e morrer de fome, pensou que ia viver pra sempre nas custas do papai e não quis estudar. Você não tem escolha, ou vem ou morre de fome.
Paulão: Vamos nessa galera, deixa ele aí com seu orgulho idiota. (viram-se para sair)
Filho Pródigo: E o que eu recebo em troca?
Amiga (1): Comida, um dinheirinho e pode até dormir no curral.
Filho Pródigo: Bom, como ela mesma disse, eu não tenho escolha. E eu não quero passar o natal nessa duraza não.
Amiga 1: Então vamos falar com a coroa, mas ó, não diz pra ela que é meu amigo não, heim.
Ele abaixa a cabeça e sai caminhando atrás deles, enquanto toca uma música triste de fundo. As cortinas se fecham enquanto saem pela frente. A fazendeira se posiciona no palco num cenário simples que lembre um chiqueiro. Depois de saírem completamente, para a música e abrem-se as cortinas.
Fazendeira: (Com uma bacia cheia de comida para os porcos) Que trabalheira, eu tenho tanta coisa pra fazer e tenho que ficar cuidando destes porcos. Preciso arrumar alguém que faça isso por mim, e logo. (Nisso entra o Filho Pródigo com a Amiga 1).
Amiga 1: Mãe, olha o que trouxe pra senhora.(aponta para o filho Pródigo, como se ele fosse qualquer coisa)
Fazendeira: (Dá uma volta em torno dele) Mas quem é este traste e porque você o trouxe aqui.
Amiga 1: Ora essa você não estava precisando de alguém para cuidar dos porcos.
Fazendeira: A sim, claro.afinal eu tenho que cuidar dos preparativos do natal. (Com desprezo) Mas francamente meu caro, os meus porcos estão mais limpos que você.
Amiga 1: Ai coroa, to indo. Se não gostar dele, é só mandá-lo embora. (vai saindo) ...Fui...
Filho Pródigo: (envergonhado) Olha dona, eu faço o que a senhora quiser....
Fazendeira: Acho que não, você é um maltrapilho, pode até transmitir doença pros meus porcos...
Filho Pródigo: Que isso dona, eu só estou um pouco sujo. Olha se a senhora quiser, eu trabalho pela comida e por um lugar para dormir.
Fazendeira: Tudo bem, você pode cuidar dos porcos e te dou um prato de comida por dia, agora dormir, você vai ter que se virar por aí.
Filho Pródigo: Tudo bem eu dou um Jeito.
Fazendeira: Então comece limpando essa sujeira toda, e fique esperto, eu estou de olho em você. Se alguma coisa acontecer com meus porcos, você vai estar em sérios apuros, esses porcos serão vendidos para ceia de natal e eu quero que eles estejam bem quando seus compradores vierem buscá-los(Vai saindo)
Filho Pródigo: Pode deixar senhora.
Anda um pouco como se observasse o lugar, depois começa a trabalhar. Uma musica suave e narração.
NAR: - Ao decorrer dos dias, sendo humilhado ao cuidar de porcos, ele sentiu uma grande angustia em seu coração, pela vergonha e indignação por ter saído da casa de seu pai e chegar a tal ponto, de desejar a comida dos porcos.
Filho Pródigo trabalhando e olhando a comida dos porcos e como se fosse uma segunda cena, o Pai entra à frente do palco.
Pai: - (Olha pro horizonte tentando ver se o filho está de volta) Senhor, cuide do meu filho, guarde-o e acampe seus anjos ao redor dele. Livra-o do mal, traga ele de volta para casa, ele foi uma promessa tua, tem misericórdia dele, toma-o pela mão, eu te imploro. Em nome de Jesus, amém. ( sai de cena)
Filho Pródigo trabalhando e olhando a comida dos porcos, se dirige a comer, mas desiste
Filho Pródigo: - A que ponto cheguei! Estou desejando a comida dos porcos! Na casa do meu pai não falta pão nem aos seus empregados! E eu, como pude ficar assim?!
Filho pródigo continua de joelhos e entra em cena, satanás.
Satanás: - Agora você é meu. Foi você quem me escolheu e nada vai tirar você de mim!  Você é meu e nada, nem ninguém vai tirar você das minhas mãos!
Filho Pródigo: - Agora me lembro, desejei conhecer o mundo, conhecer a vida... E aquele olhar que me amedrontava, mas me atraía cada vez mais. Viajar em mais um basiado... Mas não é isso o que quero pra mim. Não quero felicidade momentânea, quero algo verdadeiro... E sei que só conseguirei com Deus. Voltarei à casa de meu pai, pedirei perdão, sei que ele...
Satanás: - Não! Ele não te aceitará. Você se foi, imagina a humilhação, imagina como ele se sentiu quando você o abandonou, e disse que não teria mais que ouvir suas ordens. (Com ênfase). Você preferiu ficar comigo se lembra? Ele não te aceitará!
Filho Pródigo (começa a orar): - Senhor, sei que não sou digno de entrar na sua presença, mas tenha misericórdia de mim, perdoe-me, ajuda-me para que o meu pai me aceite de volta, SENHOR!!! (Filho Pródigo ouve uma voz e continua de joelho)
Jesus: - (Enquanto o Filho Pródigo fala vai entrando) Meu filho! Assim te digo, Eu, o Teu Deus Todo Poderoso, o Senhor da tua vida, Tenho visto o seu sofrimento, e te digo: Volte para a casa de seu pai, volte para o lugar de onde você nunca devia ter saído! E Eu te dou a autoridade de expulsar todo o mal, através de Meu Nome! Filho levante-se.
Filho Pródigo: - (Levanta a cabeça) Está escrito que no nome do Senhor faríamos milagres, curaríamos enfermos, faríamos cegos verem, surdos ouvirem, paralíticos andarem e também expulsaríamos demônios. (Levantando-se) Então Satanás, eu te repreendo em nome de Jesus, SAI! (Satanás sai de cena gritando não.) – Vou para a casa do meu pai, trabalharei como um de seus empregados, pelo menos serei mais bem tratado, assim como todos os empregados de lá. (Sae pela frente enquanto toca uma música e as cortinas se fecham para troca de cenário).
NAR: Deus tocou em seu coração, arrependido, ele decidiu voltar à casa de seu pai, lugar de onde não devia ter saído. Segundo a palavra de Deus, em Isaías, Capítulo 57, versículo 18 diz: “ – Eu vi os seus caminhos, mas o sararei; eu o guiarei e lhe tornarei a dar consolo.”
Na frente das cortinas surge o pai novamente olhando para o horizonte, de repente percebe algo ao longe.
Pai: Vejo alguém se aproximando. (Se esforça mais para ver) Se parece com meu filho, será que, que...(fica ansioso) Sim é ele, é meu filho.
Filho Pródigo: (Já no meio da Igreja, diz em vós alta) Pai...
Pai: Filho é você. (O Filho Pródigo vai ao seu encontro)
Pai: - Meu filho, estava à sua espera! Estava aguardando o dia em que você voltaria!
Filho Pródigo: - (No meio da fala do Pai, se joga aos pés do pai). Pai, sei que não sou digno nem de ser chamado de seu filho, mas me perdoa e me receba pelo menos como um de seus empregados, me perdoa por tudo que eu lhe fiz, por tudo que te fiz passar, me perdoa...
Pai: - (O pai chama seus empregados) Empregados, empregados! Tragam roupas novas, calçados, e ordeno a vocês que preparem um grande banquete para comemorar a volta de meu filho. Hoje é dia de natal e nossa ceia será festejada como nunca o fizemos antes. Vá preparem tudo.(O pai o leva) Venha filho, porei um anel em seu dedo... Filho como estou feliz em te ver. (olhando para o alto) Obrigado Senhor.
As cortinas se abrem e uma mesa posta, como que para uma festa, está sendo montada pelos empregados. O filho se aproxima e chama um dos empregados.
Filho: - Empregado, venha aqui, o que está acontecendo?
Empregada: - Seu pai mandou preparar um grande banquete para a ceia de natal, para comemorarmos a volta do seu irmão, que voltou são e salvo para casa.
Filho:  O que? Meu irmão voltou?
Enquanto se falam, o Pai e o Pródigo entram pelo fundo do palco
Empregada: Sim, e seu pai mandou preparar a melhor festa que já demos aqui.
Filho: Eu não vou entrar aí, não concordo com isso.
Pai: (Aproxima-se de filho) Meu filho, venha festejar a volta de seu irmão. Ele voltou para nós.
Filho: -(indignado) Festejar? Pai, estou contigo há tantos anos te ajudando, me esforçando, sem nunca te desobedecer e o senhor nunca me permitiu festejar dessa maneira com os meus amigos. Até os churrascos na beira da piscina, o senhor dificilmente permitia. Agora chega aquele ingrato que te virou as costas, recusando te obedecer, perdeu todos os seus bens, e o senhor o recebe banqueteando, festejando! À volta daquele que um dia te negou. Eu não compreendo!
Pai: - Meu filho, você sempre esteve comigo, todas as minhas coisas são suas, mas entenda, o teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado e, por isso me alegro.
Filho: Mas pai...
Pai: Meu filho, sei que pode ser difícil para você aceitar isso, mas para mim é como se ele tivesse nascido de novo. Não tenha inveja de seu irmão, isso é pecado, e além do mais, amo você, tanto quanto a ele.
 Filho: Eu compreendo pai, está certo, o senhor o ama, pode ser difícil mas eu também o amo.
(O filho pródigo sorri e se aproxima, seu irmão o abraça e em seguida o pai abraça os dois, ficando os três abraçados).
Pai: Vamos. É natal e temos muito que comemorar nesta noite.
(Entram para a festa e logo depois entra Jesus, dizendo)
Jesus: Assim como este pai esperava ansioso a volta do seu filho, assim espero a sua volta.Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas.
Eis que venho sem demora. Bem-aventurado aquele que guarda as palavras desta profecia.
É natal, selebrem a minha vinda no meio de vóz e lembrem-se que meu retorno está próximo. Estejam prontos e aprovados, pois que que estejam junto a mim, na glória celeste. Feliz natal.
Música: A sua escolha.
Fim
(Teatro Cristão)


PEÇA DE NATAL - A RECOMPENSA


A RECOMPENSA


Que faremos neste Natal? A história começa com este dilema, apresenta o apoio de anjos, e expõe os sentimentos presentes no meio do "povo de Deus". Propõe uma atividade de evangelismo...
A autora faz parte do Ministério de Teatro Semear, da Igreja de Deus Pentecostal do Brasil no São José I (IDPB), em Manaus - AM
PERSONAGENS:
3 Anjos (não serão vistos pelos outros personagens):
Pedro (crente sensível a voz do Espírito):
Sara (crente fiel que irá apoiar Pedro):
Jully (crente que gosta de Pedro):
Marta (crente fofoqueira):
Mateus (crente desligadão):
Selvagem (líder de galera e gosta de Tina):
Tina (Jovem insatisfeita com sua vida):
Rafa (Amigo de Selvagem):
Carla (Amiga de Tina):
Pessoa usada por Deus: Crisne Joissy
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      Encontram-se 5 coroas (com o nome de cada crente) bem posicionadas no palco com espaço para mais duas. Os anjos em frente às coroas. São ligadas as luzes brancas sobre as coroas (de coroa em coroa) e depois sobre os anjos, permanecem alguns segundos.
    Entra em cena Pedro, ligam-se as luzes.Um dos anjos se aproxima e o acompanha.
PEDRO – (falando sozinho) Senhor, que programação nós podemos fazer hoje, no dia de natal? Tem tanta gente aí fora que precisa de Jesus. Mas no natal só querem saber de ir pra festas, beber, se drogar... (o anjo fala algo no ouvido de Pedro)... é isso !
        (No mesmo instante entra Jully e outro anjo a acompanha)
JULLY – É isso o quê, Pedro? Está falando sozinho?
PEDRO – Não, Jully, estou falando com o Espírito Santo. E acabei de ter uma idéia de programação para hoje, na noite de natal. (Jully faz uma cara de quem vai ganhar algo e se aproxima de Pedro)
JULLY – A é? Que programação você está pensando fazer? (toda empolgada)
PEDRO – Antes do culto, a partir das 22:00hs eu vou sair evangelizando, entregando folhetos e falando para as pessoas o quanto Jesus as ama.
JULLY – (Meio decepcionada) A eu pensei que..., claro, evangelizar, ...
PEDRO – O que você achou? Eu vou convidar os outros, você não quer vir conosco?
JULLY – Não, (se alegra) hoje não, Pedro, é que vai ter um show tremendo de um grupo gospel e eu não posso perder, vai ser demais. (o anjo que a acompanha se entristece e se afasta) Eu pensei até em chamar você mais pelo jeito não vai dar.
      Nesse instante toca uma música de fundo triste, Jully e Pedro conversam em forma de mímica. O anjo que a acompanhava, triste, tira uma pedra da coroa de Jully. Luzes sobre a coroa de Jully e o anjo que irá tirar a pedrinha. Quando baixa o som entra Sara.
SARA – Paz do Senhor, amados! (o mesmo anjo que acompanhou Jully a acompanha)
JULLY – Paz do Senhor!
PEDRO – Sara, hoje, na noite de natal, eu vou sair para evangelizar, você não quer vim?
SARA – Claro, Pedro. É uma ótima idéia. Vamos chamar os outros irmãos.
      O anjo se alegra e toca no ombro de Sara. Jully olha meio que esnobando Sara, mas ela está tão contente que nem percebe. Mateus entra com um violão cantarolando e Marta junto dele. Sara corre p/ o lado deles toda contente.
SARA – Mateus, Marta. O Pedro teve uma ótima idéia, de sairmos para evangelizar. Vamos? (O outro anjo se aproxima de Marta e Mateus)
MATEUS – Claro, Sara! Temos mesmo que evangelizar, pregar a palavra de Deus. (o anjo se alegra e toca em seu ombro)
MARTA – A bíblia diz: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a todas as nações”. (o anjo também toca em Marta) Pode falar o dia e a hora que nós vamos.
SARA – Hoje, na noite de natal! (Os dois se espantam)
MARTA – Hoje? À noite? (o anjo se afasta)
MATEUS – (Com as mãos na cabeça) Ah irmã, hoje não vai dar. É que eu conheci uma irmãzinha de outra igreja e eu fiquei de ir visitar a igreja dela. Mas não se preocupe, ela é da mesma denominação, quem sabe não é a que Deus reservou pra mim. (deslumbrado, o anjo balança a cabeça negando).
MARTA – Sabe o que é, Sara? Hoje eu vou ficar em casa, com a minha família. Eu sempre passo o natal com eles. Mas depois do natal nós vamos.
SARA – (Irritada) Você sabia que depois do natal pode ser tarde demais? Você faz idéia de quantas pessoas morrem em comemorações como esta? (Marta faz cara de assustada)
JULLY – Deixe de drama, Sara!
      Nesse instante acontecerá a mesma coisa que aconteceu quando foi tirada a pedrinha de Jully. O anjo que os acompanhavam, triste, tira uma pedra da coroa de cada um dos dois.
PEDRO – Sara, vamos combinar tudo para a noite.
SARA – Vamos.
 Os dois saem de cena e o anjo os acompanha até saírem do palco.
MATEUS – Irmãs, com licença, eu tenho que me arrumar para a noite, paz do Senhor!
      Mateus se despede e sai de cena. Os anjos ficam distantes de Jully e Marta. Jully cruza os braços e faz cara de irritada.
JULLY – A Sara só tem cara de sonsa.
MARTA – O que foi Jully?
JULLY – É que eu vou pro show gospel hoje a noite.
MARTA – E o quê que a Sara tem a ver com isso?
JULLY – Que eu queria que Pedro viesse comigo,mas ela se meteu logo em acompanha-lo...
MARTA – O quê, irmã? Que ela quer dá uma de santinha eu já percebi, mas você acha que ela...
JULLY – Falsa, ela sabe que eu estou orando pelo Pedro...
MARTA – Sabe? Misericórdia! É minha irmã, entregue nas mãos do Senhor. (As duas saem de cena falando de Sara)
    Entra Selvagem com um celular, falando ao telefone. Os anjos distantes dele.
SELVAGEM – Alô, fala Rafa, quê que cê manda? Festa? Mas é claro, cara. Tu não acha que eu vô ficar em casa né? Demorô. Me fala aí, bicho, aquela gatinha da Tina vai ta lá? Pó cara, então by by que eu tenho que me preparar, hoje ela não me escapa! Não tem pra onde correr.
      Selvagem sai de cena todo animado. Depois entra Carla de um lado e Tina do outro.
CARLA – E aí, gata.
TINA – Oi, Carla !
CARLA – Tu tá sabendo da festa que o Rafa tá bolando ?
TINA – É, tô sabendo... Ele já ligou pra mim umas mil vezes pra confirmar, sei até porque !
CARLA – Tu vai né, Tina? Olha, te prepara porque o Selvagem vai tá lá e tu não vai ter como fugir.
TINA – Eu não sei não, Carla. Esse cara gosta de uma confusão, onde ele tá tem briga.
CARLA – E tu não gosta disso não? Pó, o cara é o todo poderoso, ninguém tem coragem de mexer com ele. O manda-chuva quer ficar contigo, garota. E tu não sabe?
TINA – Eu tenho medo, e se eu me meter em enrascada por causa dele?
CARLA – Tem medo não, ele te protege! Do jeito que ele tá afim de ti, pode matar se alguém se atrever...
TINA – Deus me livre, vira essa boca pra lá. Eu lá quero que ele mate ninguém por minha causa.
CARLA – A Tina, deixa de ser besta. Não grila não, gata. (Tina fica pensativa. Entra Rafa)
RAFA – E aí gatas, tão preparadas pra parada de daqui a pouco?
TINA – Oi Rafa, num sei se eu vô não. (desanimada)
RAFA – O quê? Nem pense nisso. Eu já falei pro cara que tu vai. Se tu não for eu tô ferrado.
TINA – Ai gente, eu não vô me sentir bem com esse cara.
RAFA – Dêxa de frescura, ô bicho difícil de entender é mulher. Vá lá, experimenta, depois cê tira suas conclusões. Vocês num vive falando que tá faltando homem?
CARLA – É, isso é verdade.
      Rafa pega no ombro de Tina e a conduz para fora de cena falando de Selvagem. Tina fica pensativa. Um dos anjos tenta se aproximar de Tina, mas algo o impede de tocar nela. Depois entra Marta e Jully conversando, as duas já arrumadas para o natal. Jully segura uma bíblia.
MARTA – Varoa você está muito formosa.
JULLY – Obrigada amada! Você também está muito formosa.
MARTA – Segunda-feira depois da oração me conta tudo sobre o show, e tira bastante foto.
JULLY – Com certeza.
      Entra Tina angustiada, andando rápido, acaba esbarrando em Jully e derruba a bíblia.
JULLY – Preste atenção!
TINA – Desculpe...
MARTA – Tá bom, tá bom, pode ir.
      Tina sai de cena. Marta e Jully saem murmurando, e perdem mais uma pedrinha. Entra Pedro e Sara com bíblias, Pedro com folhetos e os dois arrumados. O anjo os acompanha.
SARA – Conseguiu os folhetos?
PEDRO – Estão aqui, consegui bastantes.
SARA – Glória Deus!
PEDRO – Pôxa, seria melhor se os nossos irmãos estivessem conosco. Muitas pessoas iam ouvir de Jesus.
SARA – Eles não aceitaram o chamado. Mas para honra e glória do Senhor estamos aqui.
PEDRO – Agora temos que nos revestir com as armaduras espirituais e pedir a unção do Senhor.
      Os dois se ajoelham de frente p/ o público, orando através de mímica, toca-se um fundo musical. Dois anjos, cada um com uma taça dourada na mão, ficam ao lado deles para colher lágrimas. O outro anjo, com um pote prateado, derrama unção (brilho) sobre eles. Quando baixar o som os dois terminam a oração e vai cada um para um lado, os anjos se alegram. Entra Carla e Tina conversando, depois de um tempo entra Sara pelo outro lado.
SARA – Boa noite, amadas! (o anjo sempre ao lado de Sara)
CARLA – I, lá vem a santinha com a bíblia embaixo do braço dizer que a gente é errada.  Vamo sair que eu não gosto de ouvir essa gente.
SARA – Eu não vou falar que você é errada, amada. Pelo contrário, quero dizer que Jesus lhe ama do jeito que você é.
            Sara abre a bíblia e lê um versículo p/ as duas. Carla fica incomodada e Tina presta atenção.
CARLA – Bora sair fora, Tina, que agente já tá atrasada.
TINA – Peraí, Carla, pôxa, ela tá falando umas coisas legais.
CARLA – Mas eu não tô afim de ouvir, se tu quer ficar aí, fica, eu vô embora.
      Carla sai de cena irritada, Sara tenta seguí-la mas ela a expulsa. Sara volta e continua falando de Jesus para Tina.
TINA – Mas Jesus livra mesmo? Eu já andei por vários lugares querendo alegria, mas é rápido. Agora mesmo eu tô indo ficar com um cara que eu não gosto, só pra satisfazer ele e eu ficar mais protegida.
SARA – Mas você não precisa ir. Jesus, além de nos amar, Ele nos protege de todo mal. Ele é o Verdadeiro Amigo. Se você quiser aceitá-lo, Ele recebe você agora, nesse momento.
TINA – Mas isso é verdade mesmo? Acho que eu num acredito nisso não, me mostra.
SARA – Eu não posso lhe mostrar, posso lhe dizer o que você deve fazer pra você sentir. Ajoelhe-se, arrependa-se dos seus erros e receba Jesus em seu coração, aí você vai sentir a presença de Deus.
      Sara começa a orar com Tina. O anjo se aproxima de Tina e toca em sua cabeça e ela começa a chorar (toca a música “Acende uma luz”). Todos os anjos fazem festa.
TINA – Ai, eu senti uma coisa que eu nunca senti antes. Tão boa.
SARA – É o Espírito Santo tocando em você. A bíblia fala que há festa no céu quando alguém recebe Jesus, então os anjos devem está comemorando neste momento. A essa hora já deve ter começado o culto na minha igreja. Vamos, você vai ver como o povo de Deus se alegra na presença de Dele.
      As duas saem animadas. Um dos anjos coloca uma pedrinha na coroa de Sara e outro trás outra coroa com o nome de Tina, com luzes focando as coroas e os anjos, e um fundo musical apropriado. Entra Pedro procurando alguém para evangelizar, ouve a sirene de polícia e se espanta. Selvagem entra angustiado dizendo que vão matá-lo. Pedro pede calma e vê um cantinho e os dois se escondem, o anjo posiciona-se em frente os dois. Os policiais passam direto.
SELVAGEM – pô cara, valeu. Se não fosse tu, eles iam me pegar e eu ia morrer.
PEDRO – Agradeça a Deus, porque foi Ele quem livrou você. Foi Ele quem me colocou aqui neste lugar.
SELVAGEM – Eu não conheço esse cara não, mas pode agradecer Ele também.
PEDRO – Você mesmo pode agradecer. Qual é o seu nome?
SELVAGEM – (fala todo boçal) Me chamam de Selvagem.
PEDRO – Permita-me falar de Jesus pra você, Ele pode lhe livrar de muito mais.
SELVAGEM – Tá bom mais só um pouco.
PEDRO – Selvagem, Jesus lhe ama muito.
SELVAGEM – Chega, já falou... Bicho é o seguinte, você me livrou da morte e agora eu tô devendo pra você. Então pode pedir o que você quiser que eu vô fazer. Quer que eu dê uns côro em alguém?
PEDRO – Quero que você vá comigo neste momento no culto que está tendo na minha igreja.
SELVAGEM – Culto? Igreja? Pô cara! É, pelo menos eu pago logo e não fico devendo nada pra crente. Quem sabe se não encontro com esse tal de Jesus e agradeço logo Ele também.
      Os dois saem e Pedro vai falando de Jesus para Selvagem. Um dos anjos acompanha Pedro e os outros se alegram. O anjo que acompanha Pedro coloca uma pedrinha na sua coroa, com um fundo musical. Na igreja, todos se preparam para o culto. Tina e Sara estão animadas, dançando. Selvagem entra admirado com a alegria e animação do povo.
SELVAGEM – Caramba, eu num sabia que crente dançava, puts, tão mais alegres aqui do que eu. Parece um bando de formiga no açucareiro!?
PEDRO – Estão fazendo tudo isso pra Deus. São pessoas transformadas por Jesus.
SELVAGEM – E cadê esse Jesus?
PEDRO – Está aqui ! (põe a mão no coração de Selvagem)
SELVAGEM – Porque Ele nunca falou comigo?
PEDRO – Porque você nunca permitiu.
      Selvagem fica pensativo. Olha para as pessoas e vê Tina.
SELVAGEM – Tina, o que tu tá fazendo aqui?
TINA – (assustada) Selvagem? Eu, eu... (vai acalmando) Eu conheci alguém muito especial.
SELVAGEM – Quem? Jesus?
TINA – Sim, como você sabe?
SELVAGEM – Foi só esse Nome que ouvi até agora.
TINA – Não quero mais aquela vida, estou cansada, e resolvi comprovar se Deus realmente existe e pode me ajudar.
SELVAGEM – E comprovou?
TINA – Sim. Ele só pode existir, eu senti algo que nunca senti antes. Quero servir Deus. (fica um silêncio) E você? O que você tá fazendo aqui?
SELVAGEM – Aquele cara (aponta para Pedro) salvou minha vida e pra pagar o que ele fez, eu vim pra esse lugar, e agora não sei se eu quero mais sair daqui, parece que tem alguma coisa me segurando, me dá uma paz. Será que esse Jesus também me muda?
TINA – Claro, com certeza Ele vai fazer você sentir o que eu senti. Eu aprendi que devemos nos arrepender das coisas ruins que agente fez, e receber Jesus em nossos corações. Você quer fazer isso Selvagem?
SELVAGEM – (pensa um pouco e respira fundo) Quero!
TINA – Então se ajoelhe e faça o que eu lhe falei.
SELVAGEM – (ajoelha-se) Jesus, eu me arrependo de tudo que eu roubei, das pessoas que eu matei, que eu bati, que eu enganei, dos tráficos que eu fiz... (olha para Tina e pergunta) Ficar com a gata de outro é errado?
TINA – Deve ser! Porque ela não é sua!
SELVAGEM – Me arrependo de ficar com as gatas dos outros, e..., de todas as outras coisas! Eu também Te recebo no meu coração. (pensa, e pergunta de Tina) Tina, isso não tá meio aboiolado não?
TINA – (chorando) Claro que não, tá lindo...
SELVAGEM – (o anjo toca em sua cabeça, ele sorri e continua) Jesus, eu só quero ser uma pessoa melhor e feliz...
      Os dois se abraçam e o anjo fica junto a eles. Põe-se uma música de fundo e um dos anjos coloca a primeira pedrinha na coroa de Tina, e outro trás outra coroa com o nome verdadeiro de Selvagem. Termina todos alegres, dançando e cantando a música “O Tempo de Cantar Chegou”.

Fim
(Teatro Cristão)